segunda-feira, 1 de julho de 2013

#ogiganteacordou

Não sou fã do Neto, mas ontem ele disse algo que realmente poderia ter saído da minha boca nas discussões sobre futebol: 'Não vejo o Brasil jogar assim desde a copa de 82'. 
Foi épico! Um grande jogo de verdade é aquele onde se discute se o melhor em campo foi o atacante, o goleiro, o meio-campista ou o zagueiro. Na prática, isso reflete a entrega dos todos os jogadores em campo, em prol do objetivo de derrubar a falsa-modesta seleção espanhola.
Para quem gosta de futebol, foi de encher os olhos. Teve gol de raça, gol de placa, defesa de pênalti, tirada de bola de zagueiro, grito de olé enquanto os espanhóis ficavam na roda, além de umas boas ombradas. Uma vitória limpa, que a mim mostrou um pouco mais do que o simples esporte ali praticado. 
O momento em que o Brasil vive ficou ali refletido, ao cantar o hino, no trabalho em grupo, na raça e na batalha em campo, na superação, na comemoração em meio as arquibancadas. Além disso, muitos dos jogadores deixaram escapar nas entrevistas que a motivação para esse jogo era o grito das ruas, que ecoava desde o começo do campeonato. O ópio do povo o deixou mais nacionalista ao invés de embriagá-lo, sinal de mudanças?
Quero falar de futebol e de fato, esse gigante acordou e mostrou que estamos de volta e dessa vez, mais fortes. A genialidade de Neymar, a força de Hulk, a habilidade de Oscar, a estrela de Fred, a raça de David Luis, a simplicidade de Thiago Silva, a técnica de Paulinho, a persistência de Luiz Gustavo, a velocidade de Daniel Alves e a sorte de Julio Cesar e a competência do Felipão. 
Que o despertar desse gigante do futebol seja mais uma inspiração para as batalhas que teremos a frente. Que esse ópio tenha o efeito de nos unir para conquistarmos a maior das copas, um Brasil melhor, mais justo e com menos corrupção. Que um dia a gente possa dizer realmente que somos melhores que a Espanha. E eu tenho muita fé que isso vai acontecer.