segunda-feira, 18 de maio de 2015

Em 2012 fiz uma paródia do seriado da globo "As Brasileiras", mas como quase tudo que faço, não terminei. Morreu no primeiro capítulo...rs Mas vale a pena relembrar.



Os osasquenses" conta a história de alguns biotipos masculinos peculiares encontrados pela região. E claro, uma paródia de “As brasileiras”.Pelo amor de Deus, qualquer nome aqui e fictício hein! Os lugares não...rs Sem mais para o momento, subscrevo anteciosamente,

O engomadinho do Campesina.

Felipe era um cara de 32 anos, formado na Fiel em direito e com pós graduação na GV de Campinas. Fazia o estilo bonitão-bombado que tanto agrada a mulherada, com uma aparência de meninão criado pela avó, era alto e tinha olhos verdes .Tava meio com a vida ganha já...solteiro, sem filhos e acabado de terminar um relacionamento de 15 anos, no qual tivera um péssimo desfecho. Seu pai, um bom profissional de direito que deu certo em partes, (senão não estaria no Campesina e sim no Ibirapuera) pois sempre foi um cara honesto e nunca se vendeu a maracutaia (tai porque ele nunca foi pra Ibirapuera), ainda assim, levavam uma excelente vida desfrutando até de alguns luxos.

Felipe começou a namorar aos 17 anos com Camila, quase vizinha dele. Estudaram juntos, se formaram juntos, fizeram tudo juntos...até o convite de casamento. Era um grude da porra!

Felipe amou Camila, mas só conseguiu ser totalmente fiel nos primeiros 2 anos de namoro. Depois disso, foram aventuras e mais aventuras. O sujeito era ninja de conseguir escapar tanto com a namorada morando ao lado, os cem milhões de amigas dela que frequentavam os mesmo ambientes (e outros que vamos falar depois) e ainda, o tempo escasso que tinha de dividir entre trabalho, escola e família, o rapaz era bom nisso.

Camila por outro lado, era ciumenta e sensitiva. Chegou a pegar algumas cagadas de Felipe, mas o amor sempre a cegara, além é claro, das habilidosas ‘saídas pela direita’ que Felipe sempre teve, indiscutíveis.

Ainda assim, Felipe a traíra em teoria mas não na prática, pois seu coração sempre foi de Camila. Por mais mulheres que tenha transado, de várias idades e diâmetros, acreditava piamente que jamais deixaria Camila por qualquer que fosse a mulher, mas admitia que o ponto fraco da relação dos dois era o sexo.

Os dois primeiros anos foram descobertas e mais descobertas, depois tudo foi amornando e ultimamente, estava totalmente frio. Ele sempre reclamara que sexo tinha muito a ver com novidade e que o relacionamento e a obrigação tritura o desejo sexual com o passar dos anos, ao ponto de se comparar compromisso sexual a “bater o ponto” na empresa.

Camila, sensitiva que era, decidiu num determinado momento a propor uma fantasia. Estavam completando 10 anos juntos e Camila propôs um Ménage à trois entre o casal e uma prostituta. Felipe pegou a ideia! Compraram 3 garrafas de vinho e unas cositas más e se embrenharam rumo ao desconhecido. Camila tremia de medo, pois a mulher escolhida era linda. Não que ela também não fosse, Camila era muito mais bonita na minha opinião, mas as mulheres medem coisas que nós homens nem enxergamos, nem entendemos, por isso, nem ligamos. No final, Camila adorou (principalmente a mulher), Felipe adorou (se sentiu o pica das galáxias) e a prostituta ganhou 2 clientes leais, que iriam a procurar individualmente depois...rs

Camila voltou pra sua vida normal e Felipe, para a dele. Camila nunca teve outro homem. Mesmo já estando enjoada das mesmas “maneirices” de Felipe, nunca conseguiu encontrar um motivo forte para traí-lo, pois para ela apenas sexo não era motivo suficiente. Uma vez uma amiga disse para que ela sugerisse um lance com mais um homem. A resposta de Felipe todos podem imaginar...não!
Nos seus 3 últimos meses de relacionamento, regados a muitos quebra-paus entre eles, família e tudo que os cercava, Felipe foi ao bar do Jegue e encontrou um camarada de gandaia das antigas. O cara tava pirando nas casas de swing e com 6 cervejas de conversa já havia convencido Felipe. Seria apenas seu futebol de quinta e nada mais.

Havia perdido as garotas costumava transar, algumas por querer algo que ele não tinha pra oferecer, outras que tivera de abandonar quando as brigas começaram.
Ele estava a procura de sexo bom e sem compromisso. Também queria de tentar reatar o seu noivado, faltavam poucos meses para o casamento e o relacionamento estava em frangalhos.

Como todo homem, foi resolver o mais simples primeiro. Encontrou o amigo e rumaram para a casa de swing, em Moema. O amigo levou duas amigas, para baratear o preço de entrada.

Ao entrarem no local, Felipe se sentiu em Sodoma. O Sexo ecoava por todas as partes, sob todas as formas. Luz, cor, cheiro, calor...corpos, olhares, desejos, toques, tudo ali convergia para a ideia que ele tinha de prazer absoluto, obsceno, o ápice sexual do homem. As amigas sumiram rapidamente com o amigo, Felipe ficou no bar tomando vodca e coragem.

Algum tempo depois, Felipe decide invadir os labirintos, sentir de perto os aromas e os gostos. Escutava gritos histéricos e ofegantes de uma das cabines, o que lhe deixara com um tesão absurdo. Os gritos da garota ecoavam pela cabeça dele.” Uma mulher para gritar assim deve estar sentindo um prazer absurdo...” pensava ele.

Ao se aproximar da cabine, um rapaz no seu estilo saiu dizendo “Essa mulher não cansa, quer colar aqui?”, ele perguntou “Não é sua esposa?”, o rapaz retruca “Sou o terceiro da fila”, Felipe locão, entrou...e disse: “Camila?”

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Acredito na limitação do ser humano simplesmente pela grande dificuldade que temos de constatar o óbvio, o simples. Somos míopes de pensamento, gagos de sentimentos, mancos de inteligência e respiramos cada vez pior, mas isso não é causado por nenhuma moléstia, apenas por nossa limitação humana mesmo.
Somos incapazes de entender o paradoxo, pior, ainda o praguejamos.
De onde brotaria a beleza se não existisse a feiura?
Qual o valor da liberdade onde não existe a clausura?
A paz seria chamada de tédio se não existisse a guerra.
A amizade seria obrigação, se não existissem os desafetos.
E a simpatia se não existisse a arrogância?
Para que serviria a inteligência, sem a ignorância?
Como existiria a riqueza sem a pobreza?
E pra que serviria a ordem, se não houvesse o caos?
Até para existir o certo precisa existir o errado.
E quão grande seria Deus, se não existisse o Diabo?
Até para existir luz é necessária a escuridão.

A única coisa no mundo que não precisa de paradoxo é a inspiração.