São Paulo, 13 de dezembro de 2015, 6:15 da manhã, no quarto de hotel do David Gilmour...
Eu: Puta show do caráleo véio. Nem sabia que você tocava saxofone...
Gilmour: Pois é veio, tenho muitos talentos que não mostrei no Pink Floyd.
Eu: Porra, pode crer. Mó sacanagem vcs acabarem com o Pink Floyd...vocês tinham tudo o que queriam, status, fama, dinheiro, amores e alem de tudo tornavam a vida das pessoas menos doloridas com sua música. Tem coisa melhor e mais abençoada que isso?
Gilmour:Porra Pablo, num fode né? Até parece que você nunca teve banda...O tempo corrói as relações, existem diferenças de pensamento, de opinião, um tem um objetivo, o outro não tem...é muito difícil lidar com essas diferenças. O Roger é um grande amigo até hoje, mas nos separar foi a melhor coisa a fazer.
Eu: Eu acredito nisso, mas não acredito que esse tenha sido o real motivo da separação.
Gilmour: Pq?
Eu: Porque antes da fama vocês já suportaram coisa bem pior e lá ninguém tinha nada a perder, e ninguèm desistiu. Bem, o Sid teve lá seus motivos, mas no seu caso e do Roger foi uma simples briguinha de egos.
Gilmour: Ah, pára com isso.
Eu: E por causa dessa porra o Pink Floyd acabou. Tinha duas estrelas que brilhavam juntas e de forma única. Duas faces do mesmo diamante. Ai explodiu e a gente que se foda.
Gilmour: Vai se fude, vc acha que me conhece mas não sabe nem meu nome do meio. (caminhando até o frigobar)
Eu: Trás um pra mim ae. Ve se tem Jack ai que esse uísque escocês ai tá com gosto de cinzano.