quinta-feira, 14 de julho de 2016

São Paulo, minha linda.

São Paulo, minha linda. Tão bem representada na mpb do Caetano, no rock do Ira, no samba do Demônios da Garoa e no funk do Preme. Tantas épocas, tantas doçuras. A minha capital é um organismo vivo, muda o tempo todo. Dos puteiros da Augusta antiga, dos redutos do rock como o Bixiga, os botecos copo-sujo da Lapa e da Cardeal. Tantos bares que morreram e deram lugar a outros bares, que depois também morreram e voltaram a ser os bares da antiga novamente (bem, o exemplo do Madame, que virou morcegóvia e voltou a ser Madame novamente é o único que conheço, mas serve como prova do texto), tantos outros nasceram e não param de nascer mais.
Tanta gente veio pra cá de lá pra cá, de lá, de acolá, de todos os cantos. Mas de lá pra cá, também uma coisa vem mudando, Os braços de São Paulo não andam mais tão abertos. A cidade que sempre foi um símbolo de acolhida a todos os povos, de ser formada por uma mistura interminável de sotaques, etnias, religiões e opções, hoje já se mostra contraria a receber pessoas que a escolhem para tentar ganhar a vida. Reagem a imigrantes (obviamente, somente os oriundos de nações pobres), tem mostrado intolerância regional, racial e sexual. Um comportamento conservador, que nada tem a ver com a política e sim, com o velho individualismo, Mas isso dá horas de conversa.
São Paulo minha linda,  continua apressada, mas sem mais tanta garoa. Continua crescendo mas com cada vez menos oportunidades. São Paulo continua linda, mas muito mal educada.


O tempo e a pressa.

O tempo são horas, minutos e segundos. A pressa é a vontade de fazer esse tempo regredir,
O tempo são os anos que a gente dedica a um emprego, a um relacionamento. A pressa é a sensação de ter perdido tempo.
O tempo são horas que a gente perde todo dia, para ir e voltar do emprego. Pressa é cometer as maiores imbecilidades no transito, se tornar um completo selvagem, apenas para chegar 5 minutos mais rápido, no emprego ou em casa.
O tempo é entender que nada na vida é mais importante que ele, o tempo. Entender que ele sempre vai ter um dia, de 24 horas, disponível para o seu deleite. Quanto dele você aproveita com as pessoas que ama, quanto dele você vende por dinheiro...exato! Você pensa que vende seu trabalho, seu expertise no caraio de asas todo, Mas você vende tempo e tempo é vida. Voltando ao raciocínio:
O tempo é vida. A pressa é deixar o lado direito da escada rolante livre para quem tem muita pressa e onde eu vivo, eles são maioria. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Bom era o tempo que não havia essa gourmetizacao de pessoas, de coisas, de sentimentos. Bom era na época em que barba e cabelo grande era coisa de vagabundo e mendigo, não desses meninos depilados criados pela avó, que usam até laque. Bom era na época em que xavecar uma garota no metro era menos ofensivo que um cara mandar a foto do pau rijo, pelo aplicativo de namoro. Bom era quando a água ainda era limpa, quando a gente chamava o amigo na porta de casa. Isso eu nunca mais vi. Bom era na minha época, porque uso os mesmos termos que meus pais diziam. Bom, eu estou envelhecendo.
O amor é livre, atemporal e desapegado. Não tem sexo, nem cor, nem credo. O amor é cego, sensitivo e persistente. O amor não tem fronteiras. O amor é Deus e está em todo lugar.