...estamos aqui em março de 2040 e nos divertimos bastante. Continuamos usando substancias para alterar a consciência (o álcool ainda é o mais usado, mas temos outras coisinhas bem interessantes como o ‘golen’, bebida que mistura guarana, limão e jurema preta, contem uma boa dose de DMT, totalmente legalizado e que te faz ‘pensar na vida’).
Uma enorme quantidade de meta-anfetaminas, cocaínas de todo o tipo (inclusive líquidas) e outras variações de lisérgicos, todos ilegais e que causam danos nefastos. Mas felizmente, as pessoas tem bastante informação a respeito delas. Só prova quem aceita os riscos e partir daí é por sua conta e risco. Muitas delas tem um poder viciante extremo, então quem brinca com elas normalmente sabe o seu destino.
Tenho certeza que todo mundo quer saber se cannabis sativa, enfim, foi legalizada: Não, sinto muito. Por aqui ainda paira na cabeça das pessoas que a maconha continua sendo a porta de entrada para drogas mais pesadas. Mas é como sempre foi, legal, mas não legalizada.
A música está presente por todo lado. Nunca antes na historia desse pais se ouviu tanta musica, em todos os lugares. Algumas pessoas não usam óculos, outras não usam a internet, mas todas usam fones de ouvido. O rock anda em alta, do mais clássico produzido pelo meu homônimo ao mais atual, feito com misturas irracionais que o tornam dançante e alegre (O boogie-rock, que mistura soul, rock e batidas latinas e eletronicas é o must da temporada). Os estilos clássicos como o Jazz e blues continuam se renovando, embora pelo menos até o presente momento, não se há notícia de um substituto para Miles Davis, Billie Holiday ou BB King.
Tem muita música ruim também, mas do tal ‘funk carioca/ostentação/outros’ só restou uma legião de adultos com a dentição alinhada, já que ao que parece, nessa época aparelho ortodôntico era utilizado de forma estética(?). Ficou bonito o piano da galera.
Aos adeptos dos games só tenho uma coisa a dizer: Sabem de nada, inocentes...(Washigton, Cumpadi, in memorian)
Os games ganharam uma incrível realidade, que nos faz transpirar de verdade, ter medo de verdade, sentir dor, cansaço, tesão...ops.
Incríveis acessórios como roupas sensorizadas, óculos de realidade virtual, armas, bolas de futebol, vaginas de tecido humano sintético que esquentam, latejam e...ops.
Enfim, uma infinidade de parafernalhas que faz a mais inocente criança e o mais crítico nerd se divertirem num verdadeiro ‘mundo de matrix’.
Os games eróticos se tornaram uma febre após a criação do Playstation X, que trouxe uma gama de acessórios, digamos, extremamente realistas.
Mas na verdade, tudo foi potencializado porque passamos por uma grande epidemia no final dos 2020’s, que deixou muitos homens com medo de fazer sexo real.
A chamada ‘Vingança das Moças’ era uma infecção causada por uma bactéria, que no organismo das mulheres não apresentava qualquer sintoma, mas em contato com o pênis se alojava e destruía a parte nervosa responsável pela ereção, tornando o sujeito impotente para todo o sempre. Mesmo com toda a tecnologia, ainda não se descobriu uma forma de reverter o quadro, busca-se apenas evita-lo.
Mas o nosso grande amigo Bill Gates nos deixou um legado que vai bem além da Microsoft (que ainda existe e vai muito bem!). As pesquisas que ele patrocinou ainda nos 2010’s resultaram na descoberta de um novo material nanotecnológico que hoje compõe 99% dos preservativos. E uma boa novidade: Ele é líquido, tem propriedades como ativação da circulação, da sensibilidade e outros benefícios que a ciência moderna até poderia explicar, mas prefere que você sinta...rs. Ela não só evita as doenças sexualmente transmissíveis, como também evita a contaminação peça VDM. Bom né?
Sei que está meio longo, mas não posso deixar de comentar sobre como as pessoas mudaram com relação a convivência.
Após anos trancados em seus condomínios e feudos, as pessoas tomaram as ruas, invadiram os parques, praças e todos os espaços públicos. Isso fez uma diferença incrível no que diz respeito a conscientização sobre o bem público. Antigamente o público era de ninguém, agora o público é de todos, logo todos têm a responsabilidade de cuidar e preservar. É bastante comum um morador aparando grama da praça, pintando um banco ou varrendo. Ao tirar da mão do estado, a população mostrou que administra melhor e com muito menos recursos. Da mesma forma, tem o direito de promover o que quiser no local, seja uma feira, um baile, um show ou uma sessão de cinema (é bastante comum hoje em dia os ‘Cine trucks’, que são pequenos caminhões com estrutura de imagem e som. Eles promovem esse tipo de sessão nos locais públicos).
A convivência nos reaproximou da nossa essência, a vida comunitária. As pessoas se ajudam não por interesse, mas por se sentirem parte desse todo. Somos animais e vivemos em bando, como a natureza determinou lá atrás e durante anos, tentamos contrariar.
PMB.